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Primeiro de Maio de 2022: A juventude precisa ir em direção à classe trabalhadora e à luta pelo socialismo!

Publicado originalmente em 9 de maio de 2022

Este é o relatório de Gregor Link para o Ato Internacional de Primeiro de Maio. Link é um dirigente, na Alemanha, da Juventude e Estudantes Internacionais pela Igualdade, o movimento de juventude do Comitê Internacional da Quarta Internacional e dos Partidos Socialistas pela Igualdade a ele filiados. Para assistir a todos os discursos, visite a página especial.

Diante dos olhos de milhões e bilhões de jovens em todo o mundo, o capitalismo foi exposto pelo que é: um sistema historicamente obsoleto, hostil e falido que só serve para enriquecer uma pequena classe capitalista em todo país, mesmo quando centenas de milhões de vidas estão ameaçadas por um vírus mortal e o risco da guerra nuclear.

Qual tem sido a experiência dos jovens trabalhadores em todo o mundo? A guerra por procuração da OTAN contra a Rússia na Ucrânia, o que aumenta rapidamente o risco da 3ª Guerra Mundial, é a mais recente nos mais de 30 anos de guerra sem fim. Para compensar seu declínio econômico, o imperialismo americano destruiu sociedades inteiras. A juventude de várias regiões mundiais – como o Oriente Médio e grande parte da África – sempre viveram sob guerras imperialistas e conflitos assassinos.

A pandemia de COVID-19 afetou a juventude em todos os países. Milhões perderam pais, avós e colegas de trabalho. A decisão dos governos mundiais de deixar o vírus se espalhar gerou esta pandemia. Para manter o enriquecimento dos oligarcas capitalistas, eles se recusaram conscientemente a eliminar o vírus e acabar a pandemia.

Quase duas décadas de crise econômica contínua deixaram centenas de milhões de jovens desempregados, enquanto os custos de moradia e a inflação tornam quase impossível criar uma família. A maioria dos jovens da classe trabalhadora é explorada pela economia informal e quase ninguém consegue um emprego que dê um futuro seguro.

Movidos por esses interesses de classe irreconciliáveis, governos de todo o mundo atacam direitos democráticos e sociais conquistadas por gerações anteriores de trabalhadores. Tentando reprimir a oposição e fomentar a divisão nacional, as classes dominantes recorrem à censura, propaganda e violência de extrema-direita. Junto com a ameaça da guerra mundial nuclear, o perigo fascista nunca foi maior.

Mas a nossa geração cresceu para ser profundamente interconectada. Essa interconectividade global mina os esforços da classe dominante para semear divisão na juventude proletária e tem implicações profundamente revolucionárias. Ao entrarmos nas batalhas de classe monumentais que se aproximam, a capacidade de nos comunicar e coordenar essas lutas em escala global será um fator decisivo.

Ficou claro que o capitalismo não tem nada a oferecer à juventude além de pobreza, doenças, mudança climática e guerra mundial.

Mais do que nunca, o Primeiro de Maio deste ano traz a necessidade de substituir esse sistema pelo socialismo mundial. É preciso construir uma sociedade global que coloque vidas antes do lucro e use todos os recursos sociais para atender as necessidades da classe operária mundial e toda a humanidade.

Apelo a todos vocês para participem desta luta. Dirijam-se à classe trabalhadora! A luta contra o capitalismo não é uma questão geracional, nem é uma questão de identidade individual. A classe trabalhadora é constituída por todas as etnias, gêneros e orientações e é objetivamente unificada por interesses de classe comuns.

Construa a Juventude e Estudantes Internacionais pela Igualdade Social, que luta para conectar os jovens às experiências históricas da classe operária. Estude as lições da história e as perspectivas do CIQI. Faça deste extraordinário Primeiro de Maio um marco no seu desenvolvimento como marxista e trotskista e como lutador revolucionário pelo socialismo.

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