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Declaração do Sosyalist Eşitlik Grubu sobre as eleições na Turquia

Acabar com a guerra! Rejeitar as alianças pró-imperialistas da classe dominante turca! Construir o Sosyalist Eşitlik Partisi!

Por um movimento global de massas dos trabalhadores e da juventude contra a guerra! Pelos Estados Unidos Socialistas do Oriente Médio e Europa!

Publicado originalmente em 9 de maio de 2023

As eleições presidenciais e parlamentares de 14 de maio possuem como pano de fundo o perigo de uma guerra mundial nuclear, intensificada pela escalada da guerra da OTAN contra a Rússia na Ucrânia e pelo crescente ascenso da classe trabalhadora internacionalmente. O resultado das eleições na Turquia, que é uma ponte entre a Europa e a Ásia e controla os estreitos que conduzem ao Mar Negro, é de importância internacional.

Recep Tayyip Erdoğan e Kemal Kılıçdaroğlu [Photo by [Photo par AP Photo / Présidence turque (à gauche), Cumhuriyet Halk Partisi / CC BY-NC-SA 4.0 (droite)]]

A aliança da OTAN, da qual a Turquia é membro, ameaça a humanidade com a aniquilação em uma Terceira Guerra Mundial nuclear ao intensificar a guerra contra a Rússia na Ucrânia e ao acelerar os preparativos para a guerra contra a China. Enquanto os governos do mundo despejam trilhões de dólares no militarismo e nos mercados financeiros, o padrão de vida e o poder de compra das massas estão caindo a uma velocidade sem precedentes e a resistência está crescendo na classe trabalhadora a nível internacional.

O Sosyalist Eşitlik Grubu (Grupo Socialista pela Igualdade, SEG), a seção turca do Comitê Internacional da Quarta Internacional (CIQI), opõe-se ao imperialismo e ao establishment político capitalista, que promete apenas desastres sociais. A luta contra a guerra imperialista, a atual pandemia de COVID-19, o aumento do custo de vida e a desigualdade social e as formas autoritárias de governo exige a mobilização revolucionária internacional da classe trabalhadora contra o capitalismo com base em um programa socialista e a tomada do poder.

A perspectiva do SEG se baseia nas lições da história. A Turquia está sendo arrastada para o turbilhão criado pela escalada global da guerra imperialista. A guerra da OTAN na Ucrânia, a algumas centenas de quilômetros a norte da Turquia, terá amplos efeitos na situação política da Turquia.

O primeiro conflito global do século XX começou nos Balcãs, quando diferentes governos lutaram pelo legado do Império Otomano. Após as guerras dos Balcãs de 1912 e 1913, seguiu-se a Primeira Guerra Mundial, desencadeada pelo assassinato do arquiduque austríaco, Francisco Ferdinando. Os conflitos geopolíticos que fraturaram o Império Otomano e conduziram à guerra mundial da qual surgiu a República Turca moderna regressam hoje sob uma forma ainda mais explosiva.

Essa primeira carnificina mundial terminou com a Revolução de Outubro de 1917, conduzida pelo Partido Bolchevique sob a direção de Vladimir Lenin e Leon Trotsky. É a intervenção revolucionária da classe trabalhadora internacional que pode impedir que as contradições globais do capitalismo – que mergulharam a humanidade na guerra mundial duas vezes no século XX – conduzam a uma Terceira Guerra Mundial.

A catástrofe do terramoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria, que deixou milhões de pessoas desalojadas e causou dezenas de milhares de mortes, demonstrou tragicamente que o sistema capitalista de Estados nacionais é um obstáculo a uma resposta planejada e racional a questões sociais urgentes em escala internacional. O fracasso do governo do presidente Recep Tayyip Erdoğan e de todo o establishment político em se preparar para o terremoto previsto deve-se ao fato da política ser determinada com base no lucro e na acumulação de riqueza. Embora os grandes eventos naturais, como os terremotos, não reconheçam as fronteiras nacionais artificiais, as políticas dos governos capitalistas são dominadas por preocupações puramente nacionais.

A mesma base objetiva é subjacente à desastrosa resposta de 'lucros antes das vidas' à pandemia de COVID-19. Ao mesmo tempo em que a pandemia que matou mais de 20 milhões de pessoas continua causando infecções, debilitação e mortes em massa, a população também está sob ameaça pela mudança climática e novas pandemias.

As alianças capitalistas e a posição do SEG

O SEG defende que não existe uma alternativa progressiva que represente a classe trabalhadora nas eleições presidenciais e legislativas, uma expressão muito clara da atual crise política, e não dá apoio a nenhum candidato. Nenhum dos partidos que concorrem a estas eleições defende, mesmo de forma limitada, os interesses da classe trabalhadora.

Como jovem tendência política, o SEG ainda não está em condições de apresentar diretamente os seus próprios candidatos. Baseando-se na imensa experiência histórica do movimento trotskista internacional e na sua luta para estabelecer a independência política da classe trabalhadora em relação aos partidos burgueses e da classe média, o SEG está intervindo nestas eleições para explicar as questões políticas às seções mais conscientes da classe trabalhadora e da juventude – apresentando um programa socialista internacional e explicando o que devem fazer, não apenas no dia das eleições, mas também depois.

As frações rivais da classe dominante estão disputando estas eleições em duas alianças principais: A Aliança do Povo, liderada pelo Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) islamista de Erdoğan e o Partido do Movimento Nacionalista (MHP) fascista; e a Aliança da Nação, liderada por Kemal Kılıçdaroğlu do Partido Popular Republicano, kemalista, e pelo Partido do Bem, uma cisão do MHP. A Aliança da Nação inclui ainda o partido islamista Felicity, de onde saiu o AKP, o Partido do Futuro, do antigo primeiro-ministro e ministro de Relações Exteriores do AKP, Ahmet Davutoğlu, e o partido DEVA, do antigo ministro da Economia do AKP, Ali Babacan.

As pesquisas de opinião, a maioria das quais mostra Kılıçdaroğlu na liderança, sugerem que as eleições presidenciais podem chegar ao segundo turno. Dois outros candidatos com menos de 10% dos votos também estão na disputa. O candidato do CHP nas eleições presidenciais de 2018, Muharrem İnce, concorre à presidência para criticar a presença de Davutoğlu e Babacan na Aliança da Nação. O candidato da Aliança Ata, liderada pelo Partido da Vitória, está tentando desenvolver um movimento de extrema-direita baseado em um programa xenófobo.

Erdoğan está concorrendo a um terceiro mandato, o que viola a constituição. Nem o seu bloco no poder nem as alianças burguesas da oposição oferecem um caminho para a classe trabalhadora, que constitui a maioria da população na Turquia. O que essas alianças burguesas reacionárias possuem em comum é a sua lealdade ao imperialismo e a sua hostilidade aos trabalhadores. O seu maior receio é a mobilização de massas da classe trabalhadora, que enfrenta uma enorme crise econômica e social e o perigo de uma nova escalada da guerra da OTAN contra a Rússia.

Várias alianças eleitorais foram formadas com o apoio de grupos de pseudoesquerda para se alinharem atrás de Kılıçdaroğlu e conter a revolta das massas. O primeiro é a Aliança do Trabalho e da Liberdade do Partido Democrático Popular (HDP), nacionalista curdo, e do seu aliado, o Partido dos Trabalhadores da Turquia (TİP). O HDP está fazendo a sua campanha sob o nome de Partido da Esquerda Verde (YSP) devido à ameaça reacionária do governo Erdoğan de que irá fechar o HDP.

O Partido Comunista da Turquia (TKP) stalinista e o Partido de Esquerda (antigo Partido da Liberdade e Solidariedade, ÖDP) também formaram a aliança União das Forças Socialistas (SGB), que seguem a mesma política de direita. Assim como a Aliança do Trabalho e da Liberdade, o SGB tenta prender a classe operária no quadro da ordem política e social existente.

O SEG se opõe irreconciliavelmente às tendências de pseudoesquerda sem princípios que, ao mesmo tempo em que não aderem a essas alianças, trabalham para as apoiar.

Uma delas é o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (DİP), a organização irmã turca do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (EEK) na Grécia. Eles se aliaram às tendências neo-stalinistas russas que apoiam o regime reacionário de Putin contra a agressão imperialista da OTAN. Tendo apoiado o HDP pró-OTAN e pró-UE até as eleições de junho de 2018, o DİP prometeu apoiar o Movimento Comunista da Turquia (TKH) stalinista nestas eleições. Porém, o TKH continua a sua aliança dentro do SGB com o TKP e o Partido da Esquerda, que apoiou Kılıçdaroğlu nas eleições presidenciais.

O mesmo acontece com o Partido Socialista dos Trabalhadores (SEP, em turco), a antiga seção turca da Liga Internacional Socialista (ISL), que apoia com entusiasmo a guerra da OTAN contra a Rússia. Esse partido apresentou o seu próprio candidato parlamentar independente em Ancara, mas também apelou ao apoio da Aliança do Trabalho e da Liberdade, que se alinhou atrás de Kılıçdaroğlu, deixando claro que a sua oposição ao establishment capitalista é de um caráter totalmente hipócrita e desonesto.

O SEG rejeita veementemente a afirmação de que as massas de trabalhadores e jovens precisam escolher entre as duas alianças burguesas de direita e os seus defensores. Seja qual for o resultado das eleições, elas não irão resolver nenhum dos problemas fundamentais que a classe trabalhadora enfrenta. Isso é porque nenhum desses problemas pode ser resolvido sobre uma base nacional, ou sem um ataque social frontal à riqueza do capital financeiro.

Nenhum dos partidos que participam nas eleições é capaz de resolver esses problemas fundamentais. Eles defendem a guerra imperialista, são totalmente leais à OTAN, ignorando a pandemia e as mortes em massa e abandonando as massas à destruição e à morte face aos novos terremotos previsíveis. A sua resposta ao aprofundamento da crise econômica, independentemente das suas diferenças táticas, será a imposição de um severo programa de austeridade social sobre a classe trabalhadora em nome dos bancos e do grande capital.

O SEG rejeita o pessimismo promovido pela pseudoesquerda para justificar a adaptação à burguesia nacional. As contradições do capitalismo global que conduzem à guerra imperialista, à contrarrevolução social e à ditadura estão, ao mesmo tempo, dando origem ao surgimento de um movimento global da classe trabalhadora.

A classe trabalhadora e os pobres rurais do Sri Lanka estão se mobilizando novamente contra o novo chefe de Estado, uma vez que o regime burguês e os problemas fundamentais permanecem intocados após a revolta popular em massa do ano passado que obrigou o presidente a fugir do país.

As greves e protestos estão aumentando em toda a Europa. Na França, a luta da classe trabalhadora contra os cortes na aposentadoria pelo presidente Emmanuel Macron e a violência aberta do Estado capitalista que ela enfrenta, aumentam a necessidade de derrubar Macron e transferir o poder para a classe trabalhadora.

Nos Estados Unidos, o coração do sistema imperialista, a classe trabalhadora está cada vez mais radicalizada. A expressão política mais consciente dessa situação foi a campanha de Will Lehman, o candidato da Aliança Operária Internacional de Comitês de Base (AOI-CB), que obteve quase 5 mil votos nas eleições do sindicato United Auto Workers (UAW) sobre uma plataforma socialista que chamou pela “transferência do poder para as bases”.

Após meses de protestos em massa terem abalado o regime iraniano, surgiram os protestos mais massivos da história de Israel contra a tentativa de golpe judicial do primeiro-ministro Netanyahu. As condições para a união política dos trabalhadores judeus, árabes, iranianos e de outros países do Médio Oriente estão amadurecendo.

Na Turquia, onde se registou uma onda sem precedentes de greves selvagens no ano passado, estão também na ordem do dia grandes batalhas de classe, seja qual for o resultado das eleições. O caminho a seguir é armar o movimento emergente da classe trabalhadora em oposição à burocracia sindical com um programa trotskista e com as lições da história incorporadas na luta de décadas do CIQI contra o stalinismo, o pablismo e o nacionalismo burguês.

A guerra da OTAN contra a Rússia e a elite dominante na Turquia

O intenso conflito com a Rússia na Ucrânia, a norte do Mar Negro, é uma guerra imperialista das potências da OTAN liderada pelos EUA que pode rapidamente engolir a Turquia, a Europa e o resto do mundo.

A tentativa do governo Erdoğan de fazer uma mediação entre a Ucrânia apoiada pela OTAN e a Rússia se deve, em última análise, às estreitas ligações econômicas, militares e políticas da burguesia turca com a OTAN e a Rússia. Entretanto, a escalada da guerra está reduzindo a capacidade de manobra de Ancara entre a OTAN e a Rússia, obrigando-a a escolher abertamente o seu lado.

No parlamento, a aprovação por unanimidade pelo establishment político burguês turco da adesão da Finlândia à OTAN, ela própria uma séria escalada na guerra contra a Rússia, foi uma declaração inegável do seu caráter pró-imperialista e reacionário.

Isso foi uma forte confirmação da Teoria da Revolução Permanente de Leon Trotsky, o co-líder com Vladimir Lenin da Revolução de Outubro de 1917 e fundador da Quarta Internacional. Conforme Trotsky explicou há quase 90 anos,

No que diz respeito aos países com um desenvolvimento burguês tardio, especialmente os países coloniais e semi-coloniais, a teoria da revolução permanente significa que a solução completa e genuína das suas tarefas de alcançar a democracia e a emancipação nacional só é concebível através da ditadura do proletariado como líder da nação subjugada, acima de tudo das suas massas camponesas.

No centenário da fundação da República Turca, a burguesia é ainda mais incapaz do que era há um século de cumprir as suas tarefas de assegurar a independência do imperialismo ou de estabelecer um regime democrático.

A guerra que a OTAN, apoiada pela burguesia da Turquia, provocou na Ucrânia no ano passado foi o produto da agressão quase ininterrupta do imperialismo americano desde a dissolução stalinista da União Soviética em 1991 e da expansão da OTAN para o leste.

Nessa agressão imperialista, inúmeros países, do Iraque à Iugoslávia, do Afeganistão à Síria, foram destruídos, milhões de pessoas foram mortas e dezenas de milhões se tornaram refugiados. Milhares de pessoas morreram afogadas no Mar Mediterrâneo porque a União Europeia implementou a política de 'Fortaleza Europeia' para impedir que os refugiados chegassem ao continente.

A cumplicidade da burguesia turca e curda nessas guerras e os seus esforços para obter migalhas da pilhagem imperialista tiveram consequências devastadoras. Erdoğan desempenhou um papel significativo na guerra de mudança de regime engendrada pela CIA em 2011 para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, que levou a mais de 500 mil mortes.

Ao mesmo tempo, o 'processo de paz' apoiado pela OTAN de Erdoğan com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) nacionalista curdo, entrou em colapso em 2015, quando o imperialismo americano fez das Unidades de Proteção Popular (YPG) a sua principal força de procuração na Síria. O receio de que o surgimento de um Estado curdo apoiado pelos EUA na Síria pudesse desencadear um resultado semelhante na Turquia aterrorizou Ancara, levando-a a um novo conflito. Nesse contexto, o governo de Erdoğan, empenhado em esmagar o PKK-YPG e o HDP com violência, recebeu em grande parte o apoio do CHP.

As crescentes tensões entre Ancara e os seus aliados imperialistas irromperam violentamente no derrotado golpe apoiado pela OTAN contra Erdoğan em 2016. Tendo sobrevivido devido aos protestos em massa contra a tentativa de golpe, Erdoğan continuou a procurar um acordo com os seus aliados da OTAN. Isso expõe a posição da burguesia turca, que está profundamente ligada ao imperialismo e teme a ameaça da classe trabalhadora acima de tudo.

No entanto, enquanto a Aliança do Povo de Erdoğan defende manobras entre as potências da OTAN lideradas pelos EUA, por um lado, e a Rússia e a China, por outro, a Aliança da Nação de Kılıçdaroğlu promete servir melhor o imperialismo da OTAN. Em outubro passado, durante a sua visita aos Estados Unidos, Kılıçdaroğlu declarou de forma muito mais explícita do que Erdoğan: 'Achamos que devemos ficar do lado da Ucrânia na guerra Rússia-Ucrânia'.

O presidente dos EUA, Biden, e os seus aliados europeus, que declararam aberta ou secretamente o seu apoio a Kılıçdaroğlu contra Erdoğan, veem Kılıçdaroğlu como um aliado mais confiável. De fato, Kılıçdaroğlu fez o seu melhor para tranquilizar as potências imperialistas sobre isso. O CHP, que apoiou a adesão da Finlândia à OTAN, promete que, se chegar ao poder, a adesão da Suécia será rapidamente aprovada pelo parlamento.

Não existe razão para pensar que, se eleito, Kılıçdaroğlu não enfrentaria todos os mesmos conflitos que a burguesia turca sob Erdoğan enfrentou com a OTAN, terminando em um confronto com os nacionalistas curdos e os aliados imperialistas da Turquia. Entretanto, a sua campanha deixou claro que está firmemente orientada para melhorar as relações com o imperialismo.

O colapso das formas democráticas de governo

No ano passado, Kılıçdaroğlu afirmou que a OTAN é “o garantidor da democracia no século 21”. Na realidade, as potências da OTAN lideradas pelos EUA estiveram no epicentro de operações antidemocráticas contra governos eleitos em todo o mundo ao longo dos séculos 20 e 21, incluindo o golpe de 2014 na Ucrânia e a tentativa de golpe de 2016 na Turquia.

O colapso das formas democráticas de governo encontrou a sua expressão mais marcante nas principais potências da OTAN, os Estados Unidos e a França. O presidente Macron está tentando impor cortes nas aposentadorias, rejeitados por três quartos do povo francês, através da violência do Estado capitalista controlado pela oligarquia financeira. Nos EUA, onde Trump tentou um golpe de Estado para derrubar os resultados das eleições de 6 de janeiro de 2021, o Presidente Biden disse que não tem certeza se a democracia irá continuar existindo na próxima década.

A frágil 'democracia' da Turquia não está imune a esses processos mais longos. O país sofreu uma tentativa de golpe de Estado há apenas sete anos, à qual Erdoğan respondeu acelerando a mudança para um regime presidencial autoritário. Caso as frações da burguesia turca intervenham para tentar adulterar ou roubar as eleições, os trabalhadores e a juventude devem se opor de forma massiva.

Porém, o impulso crescente da classe dominante em todos os lugares para formas ditatoriais de governo está enraizado na crise internacional do sistema capitalista e não pode ser eliminado por uma mudança de governo. Explicando o surgimento de regimes ditatoriais na Europa, Trotsky escreveu em 1929:

Por analogia com a engenharia elétrica, a democracia pode ser definida como um sistema de fusíveis e disjuntores para proteção contra correntes sobrecarregadas pela luta nacional ou social. ... Sob o impacto das contradições de classe e internacionais que estão excessivamente carregadas, os fusíveis da democracia ou se queimam ou explodem. É essencialmente isso que representa o curto circuito da ditadura.

O governo de Erdoğan, tal como os seus homólogos em todo o mundo, presidiu a uma transferência massiva de riqueza da classe trabalhadora para a oligarquia financeira durante a pandemia da COVID-19. A esmagadora maioria dos trabalhadores vive na pobreza, lutando para conter a perda dos seus salários reais, mesmo enquanto a inflação real anual aumenta mais de 100%. Essa contrarrevolução social, que se reflete no aumento dos lucros líquidos do setor bancário turco em mais de 350% em 2022, é apoiada por todas as frações das elites dominantes.

Kılıçdaroğlu deixou claro que planeja formar um governo a serviço dos interesses do capital financeiro internacional e turco, independentemente da sua retórica demagógica contra as grandes corporações próximas de Erdoğan. A “solução” de Kılıçdaroğlu para o agravamento da crise econômica é estreitar os vínculos com os círculos financeiros de Nova York e Londres, onde se encontram os principais responsáveis pelo enorme custo de vida e pelo empobrecimento da classe trabalhadora turca e internacional. Para isso, Kılıçdaroğlu recrutou Ali Babacan, antigo responsável econômico de Erdoğan. O programa de Kılıçdaroğlu de seguir os bancos centrais dos EUA e da Europa no aumento das taxas de juros para conter a inflação significa estagnação econômica, gastos generalizados e austeridade.

As promessas eleitorais da Aliança Nacional de melhorar as condições sociais, restaurar os direitos democráticos e retornar a um sistema parlamentar são inúteis. A crise global do capitalismo e o recrudescimento da luta de classes, que impulsionam o desenvolvimento do regime autoritário de direita de Erdogan, irão se intensificar a nível mundial, independentemente do resultado das eleições. Em qualquer caso, a classe trabalhadora irá enfrentar um confronto com o novo governo burguês.

O papel pró-imperialista do nacionalismo curdo

O Sosyalist Eşitlik Grubu se opõe intransigentemente à repressão estatal do povo e dos políticos curdos. Os direitos democráticos básicos do povo curdo devem ser reconhecidos e os presos políticos devem ser libertados. Porém, a nossa defesa de princípios dos direitos democráticos não implica, de forma alguma, o apoio a movimentos nacionalistas burgueses. O historial pró-imperialista do nacionalismo curdo é um exemplo flagrante da falência do nacionalismo e da sua falta de conteúdo progressivo.

A escalada da guerra da OTAN contra a Rússia revelou mais uma vez que a afirmação de que o HDP deve ser apoiado contra a guerra e pela paz é uma armadilha política e uma fraude. O HDP não participou na votação porque não se opôs à adesão da Finlândia à OTAN. Repetindo a retórica das potências da OTAN, o partido declarou que 'as preocupações de segurança da Finlândia são legítimas'.

Essa atitude do HDP, com a sua falsa retórica “anti-imperialista”, está de acordo com o histórico do nacionalismo curdo e a sua orientação ao imperialismo. Ele saudou a invasão do Iraque pelos EUA em 2003 e saudou a aliança do YPG com os EUA na Síria como a “Revolução de Rojava”. O HDP, representado na assembleia parlamentar da OTAN, possui fortes laços com os socialdemocratas e o partido verde alemães, que desempenharam um papel central na guerra da OTAN contra a Rússia.

O HDP manteve a cooperação política com o governo de Erdoğan até 2015, em nome do “processo de paz” apoiado pelos EUA e pela União Europeia. Depois, voltou-se gradualmente para o CHP após o fim desse processo, no meio de uma escalada de repressão por parte do governo de Erdoğan, que era em grande medida apoiado pelo CHP. Nessa altura, o HDP afirmou que um acordo com Erdoğan traria “paz e democracia”. Hoje, o HDP está espalhando as mesmas ilusões sobre a Aliança Nacional liderada pelo CHP.

O SEG rejeita veementemente essas afirmações como um engano que só produzirá novos desastres para a classe trabalhadora e o povo curdo. Resolver a questão curda e parar a carnificina no Oriente Médio exige que a classe trabalhadora se mobilize e tome o poder com base em um programa socialista internacional contra o imperialismo e os seus representantes burgueses.

O único caminho a seguir é os trabalhadores se unirem aos seus irmãos e irmãs de todas as nacionalidades do Oriente Médio e dos países imperialistas na luta contra a guerra e a opressão e pela construção do socialismo em todo o Oriente Médio e no mundo.

A falência da pseudoesquerda

O Sosyalist Eşitlik Grubu se opõe tanto ao regime de Erdoğan como a uma possível presidência de Kılıçdaroğlu do ponto de vista da classe trabalhadora internacional. O SEG rejeita a afirmação mentirosa das forças de pseudoesquerda, incluindo o TİP, o Partido Trabalhista (EMEP), o TKP, o Partido da Esquerda e várias tendências pablistas/morenistas, de que uma presidência de Kılıçdaroğlu irá melhorar as condições sociais e democráticas. Ao tentar canalizar a crescente oposição social para a Aliança Nacional, essas forças revelam mais uma vez o seu caráter pró-imperialista e contrário aos trabalhadores.

O TİP, que entrou no parlamento nas eleições de 2018 nas listas do HDP, desempenha hoje um papel crítico ao conduzir as massas a um beco sem saída que procuram uma alternativa de esquerda ao regime de Erdoğan e ao capitalismo fora da Aliança Nacional de direita. Fundado em 2017 após uma cisão dentro do TKP stalinista em 2014, o TİP cresceu rapidamente no último ano com o apoio dos meios de comunicação da oposição pró-burguesa.

O verdadeiro caráter do TİP foi demonstrado mais claramente na sua recusa em se opor à adesão da Finlândia à OTAN na votação no parlamento. Essa foi uma decisão muito consciente, que foi o resultado de se voltar para o HDP pró-imperialista e a Aliança Nacional, e não para a classe trabalhadora, onde existe esmagadora oposição à OTAN.

O líder do TİP, Erkan Baş, declarou que, se Erdoğan perder as eleições, “o domínio dos inimigos dos trabalhadores” chegará ao fim. Na realidade, a crise econômica e os ataques sociais da classe dominante irão se aprofundar, qualquer que seja o candidato vencedor. A crise global do capitalismo que está abalando a Turquia não irá terminar se Kılıçdaroğlu, outro político burguês de direita e pró-OTAN, substituir Erdoğan como presidente ou se Erdoğan perder a sua maioria parlamentar. Parar a crise exige que a classe trabalhadora tome o poder em suas próprias mãos através de uma revolução socialista na Turquia e internacionalmente.

O caráter contrário aos trabalhadores do CHP é evidente nas políticas dos municípios que governa. Após o surto da pandemia de COVID-19, tanto o CHP como os seus apoiadores na confederação sindical DİSK apoiaram desde o início a política do governo de 'lucros antes de vidas'. Enquanto o CHP ditava essa política nos municípios que governava, o DİSK supervisionava os trabalhadores que trabalhavam em condições inseguras. O CHP reagiu aos trabalhadores que entraram em greve nos municípios de Istambul acusando-os de 'estarem a serviço do governo' e se esforçando para impedir as greves.

Uma das expressões mais sujas do apoio das organizações de pseudoesquerda à Aliança Nacional é o seu silêncio ensurdecedor sobre o programa xenófobo de Kılıçdaroğlu. Milhões de refugiados que fogem das guerras no Afeganistão e na Síria, nas quais Ancara foi cúmplice, vivem na Turquia sem os direitos mais básicos. Kılıçdaroğlu há muito que procura desviar a crescente oposição social para uma direção reacionária. Há dois anos que se compromete a “repatriar”, ou seja, a deportá-los, em cooperação com a União Europeia.

O Sosyalist Eşitlik Grubu rejeita categoricamente a política xenófoba da Aliança Nacional e das forças de pseudoesquerda que a apoiam. Em vez disso, o SEG apela aos trabalhadores para que defendam os refugiados. Em todos os lados, os refugiados, vítimas da guerra imperialista, devem ter o direito de viver e trabalhar no país de sua escolha com direitos iguais, incluindo a cidadania.

A adaptação das forças de pseudoesquerda à Aliança Nacional reflete o fato de representarem setores abastados da classe média que procuram uma posição melhor no capitalismo. O histórico dos seus aliados internacionais, como o Syriza na Grécia, o Partido de Esquerda na Alemanha e o Podemos na Espanha, no governo local ou nacional, é um alerta para os trabalhadores e a juventude.

Na Espanha, o Podemos, no governo com o Partido Socialista do grande capital, é um fervoroso apoiador da guerra da OTAN contra a Rússia e esmaga violentamente as greves dos trabalhadores. O Partido de Esquerda apoia o retorno do imperialismo alemão e impõe duras políticas de austeridade nos estados onde governa.

O Syriza, que chegou ao poder em 2015, impôs ao povo grego o severo programa de austeridade da União Europeia e dos grandes bancos. O partido criou campos brutais para refugiados na Grécia como parte do acordo sujo da União Europeia com o governo de Erdoğan. O líder do Syriza e antigo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, desenvolveu laços militares e políticos com o regime sionista em Israel e com a ditadura sangrenta de Al-Sisi no Egito.

O Syriza, que pretende regressar ao poder nas eleições gregas de 21 de maio, defende uma política de linha dura em nome da Grécia, apoiada pela França, no conflito com a Turquia entorno do petróleo e do gás no Mediterrâneo Oriental e nas ilhas do Mar Egeu. Kılıçdaroğlu, atrás do qual a pseudoesquerda se reuniu, também declarou o seu apoio a uma política agressiva contra a Grécia, de acordo com os interesses reacionários da burguesia turca. Em 2017, prometeu que: “Eu irei e tomarei todas essas ilhas”.

O Sosyalist Eşitlik Grubu procura estabelecer a independência política da classe trabalhadora, demonstrando o abismo político e de classe que separa a luta pelo trotskismo dentro da classe trabalhadora da política nacionalista pequeno-burguesa dos grupos de pseudoesquerda. Apenas através dessa luta para distinguir claramente os interesses da classe trabalhadora internacional dos interesses da burguesia é que a classe trabalhadora pode estar preparada para a luta pelo poder político.

O que o SEG defende?

  • Mobilizar a classe trabalhadora turca e internacional contra o imperialismo da OTAN e o perigo de uma guerra mundial nuclear.

O Sosyalist Eşitlik Grubu apoia a campanha do movimento de juventude do CIQI, a Juventude e Estudantes Internacionais pela Igualdade Social (JEIIS), para construir um movimento global de trabalhadores e jovens contra a guerra. O SEG se opõe à invasão reacionária da Ucrânia por Putin, mas se opõe irreconciliavelmente às forças de pseudoesquerda que a utilizam como pretexto para apoiar a guerra imperialista dos EUA-OTAN.

A guerra na Ucrânia, que ameaça a humanidade com um conflito nuclear, não tem nada a ver com a 'defesa nacional'. Essa guerra, uma consequência devastadora da dissolução stalinista da URSS em 1991, é uma continuação dos 30 anos de guerra imperialista liderada pelos EUA – dos Balcãs ao Oriente Médio, do Norte da África à Ásia Central. Em última análise, não existe solução nacional para a guerra, que surge das contradições do capitalismo global. A única solução progressiva reside na intervenção revolucionária da classe trabalhadora internacional.

Na Turquia, assim como em todo o mundo, a esmagadora maioria dos trabalhadores é contra a guerra na Ucrânia. Uma pesquisa realizada no ano passado revelou que 80% da população da Turquia era contra a guerra. Essa é a base social em que deve se assentar um movimento antiguerra na Turquia e a nível internacional. Esse movimento só pode ser construído com base em um programa socialista internacional, independente e contra todo o establishment político pró-imperialista.

O SEG defende igualmente a retirada de todas as potências imperialistas do Oriente Médio, bem como a retirada das tropas turcas no exterior, incluindo na Síria e no Iraque.

  • Uma política de COVID zero

Independentemente das afirmações pouco científicas dos governos, a pandemia de COVID-19 continua. O SEG defende uma política de COVID zero que, quando implementada, provou ser extremamente bem sucedida em impedir a propagação do vírus e salvar vidas. Porém, essa política só pode eliminar a COVID-19 em escala global e exige que os trabalhadores se mobilizem, formando comitês de segurança nos locais de trabalho e nas escolas.

O SEG apoia a Investigação Mundial dos Trabalhadores sobre a Pandemia de COVID-19 do CIQI. O SEG luta para educar a classe trabalhadora sobre a necessidade de uma política de COVID zero e chama os trabalhadores e cientistas para que participem nesse inquérito.

  • Construir comitês de ação, organizar os trabalhadores independentemente das burocracias sindicais para lutar contra a austeridade e a repressão

O CIQI é a única tendência política que procura construir e ligar internacionalmente organizações de luta nos locais de trabalho, independentes e contrários aos sindicatos corruptos e pró-corporativos. O combustível para tal movimento está na revolta dos trabalhadores face às condições sociais criadas por décadas de austeridade e repressão policial-estatal sob sucessivos governos de todas as colorações.

A Turquia ocupa o lugar mais baixo entre os países da Europa em termos de salários. Embora o limiar de pobreza mensal para uma família de quatro pessoas ultrapasse as 33.000 liras (US$1.700), uma parte significativa da população ativa tenta sobreviver com um salário mínimo de cerca de 8.500 liras (US$435). Com uma inflação de 70% nos alimentos, muitas famílias estão longe de ter uma dieta saudável. A desigualdade social está aumentando. Em 2022, a percentagem da renda nacional que vai para os 20% mais ricos da população aumentou para 48% (o nível mais elevado dos últimos 16 anos). Durante décadas, os sindicatos colaboraram aberta ou secretamente com o governo na eliminação de direitos sociais e na redução dos salários.

A luta para reconquistar direitos sociais básicos, acabar com as mortes por COVID-19 e se opor à guerra imperialista não pode ser confiada às burocracias sindicais nacionais em negociações corporativistas com o Estado. Qualquer luta industrial séria contra as empresas transnacionais exige que os trabalhadores se organizem independentemente dos sindicatos e para além das fronteiras nacionais. Para isso, o SEG apoia o chamado do CIQI para construir a Aliança Operária Internacional de Comitês de Base (AOI-CB).

  • Pela expropriação da aristocracia financeira para satisfazer as necessidades sociais urgentes

A aristocracia financeira enriqueceu com triliões de dólares através da impressão de dinheiro público pelos principais bancos centrais. Entregues aos especuladores financeiros, esses fundos alimentaram a inflação e aumentaram massivamente a dívida do Estado, mas impulsionaram as bolsas de valores. Estudos demonstram que o aumento dos lucros das empresas é um fator determinante da inflação.

Uma aristocracia parasitária, que obteve lucros sobre o seu capital obtido de modos escusos, obrigando os trabalhadores a trabalhar em condições inseguras à custa de milhões de vidas na pandemia, está pilhando a sociedade. Ela também esteve por trás da condenação à morte de inúmeras pessoas em edifícios sabidamente inseguros no terremoto Turquia-Síria. O SEG defende a criação imediata de condições de habitação dignas e seguras para as centenas de milhões de pessoas que vivem na região de Mármara e outras zonas onde se preveem grandes terremotos e “catástrofes naturais” semelhantes, na Turquia e a nível internacional.

Os fundos públicos desviados para mãos privadas devem ser confiscados e utilizados para satisfazer as necessidades sociais urgentes da população. Isso exige a transferência do poder do Estado para as mãos da classe trabalhadora em toda a Europa e além.

Essas propostas, construídas sobre a força da classe trabalhadora internacional, a luta pela sua independência política e a necessidade da sua luta pelo poder, identificam o SEG como uma tendência marxista-internacionalista orientada para a classe trabalhadora – isto é, uma organização trotskista – e distinguem-no fundamentalmente de todas as outras tendências políticas na Turquia.

Construir o Sosyalist Eşitlik Partisi!

As eleições não irão resolver nenhum problema social e democrático que a classe trabalhadora e a juventude enfrentam. O problema decisivo na Turquia e a nível mundial é a questão da perspectiva histórica e da liderança política. Isso significa construir o CIQI e as suas seções, os Partidos Socialistas pela Igualdade, como a vanguarda revolucionária da classe trabalhadora.

Contra as forças de pseudoesquerda que procuram conduzir os trabalhadores e a juventude para a burguesia nacional, o CIQI e o SEG lutam para preparar a classe trabalhadora para a crise objetivamente revolucionária que está se desenvolvendo em todo o mundo. O conflito que coloca cada vez mais os trabalhadores de todo o mundo contra o Estado capitalista não pode ser resolvido através de uma 'reforma' do poder do Estado, mas transferindo o poder para a classe trabalhadora através da revolução socialista. A base teórica e política dessa luta, que exige a construção de um partido trotskista antes da eclosão das lutas revolucionárias de massas, é a Teoria da Revolução Permanente de Trotsky, tal como foi na Revolução de Outubro de 1917 dirigida pelo Partido Bolchevique.

O SEG se baseia nas lutas históricas do CIQI, o único partido político que representa a continuidade do movimento marxista-trotskista. Conforme afirmamos no ano passado na nossa resolução de aderir ao CIQI e fundar o SEP, “Essa continuidade remonta à fundação da Oposição de Esquerda sob a liderança de Leon Trotsky em 1923 para defender a estratégia e o programa da revolução socialista mundial contra a degeneração nacionalista stalinista. Foi essa estratégia e esse programa que guiaram a Revolução de Outubro de 1917, conduzida pelo Partido Bolchevique na Rússia, sob a direção de Vladimir Lenin e Leon Trotsky”.

A Turquia ocupa um lugar importante na história do movimento trotskista, que celebra este ano o seu centenário. Trotsky não apenas escreveu várias das suas obras mais importantes em Istambul, onde esteve exilado como opositor implacável da burocracia stalinista, como também chamou em Prinkipo pela fundação da Quarta Internacional em 1933.

O Comitê Internacional, que desde 1953 dirige a Quarta Internacional, fundada em 1938 sob a direcção de Trotsky, tem defendido o trotskismo contra o stalinismo, a socialdemocracia, o pablismo e todas as formas de nacionalismo pequeno-burguês. Hoje, o CIQI é a única organização que luta para resolver a questão da direção revolucionária da classe operária internacional.

Na luta para construir os Partidos Socialistas pela Igualdade na Turquia e em todo o Oriente Médio, o SEG trabalha em estreita cooperação política com os partidos irmãos do CIQI na Europa e em todo o mundo, lutando para mobilizar a classe trabalhadora contra a guerra imperialista e por uma revolução socialista mundial.

O SEG chama todos aqueles que concordam com esta declaração e procuram uma alternativa genuinamente socialista na luta contra a guerra imperialista, a contrarrevolução social e o Estado policial para se juntarem à luta para construir o CIQI e o Sosyalist Eşitlik Partisi.

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